at the hospital

Pois foi.

A Miss teve que ir parar ao hospital!

A menina até pensa que é inquebrável... mas não passa de frágil ser! chit...

(oh rachel, frágil. não hiper super mega frágil, hum?)


Vou tentar não entrar em grandes pormenores porque são bastante merdosos!

Ora, entra uma moça no hospital. aflita. e dirige-se ao balcãozito que lá está para dar entrada. escusado será dizer que a MINHA urgência era muito mais urgente do que a de 75% das pessoas que lá estavam em espera (para mim, pelo menos)...

a média de idades rondava os 70 anos e estavam todos ali em amena cavaqueira sobre o filho de não sei quem que foi casar não sei onde.

eu levei a minha melhor expressão de coitadinha e umas lágrimazinhas no bolso. just in case. mas... não me serviu de muito!

versão resumida: guichet de informações. 5 minutos de espera. triagem. 45 minutos de espera (e desespero). clinica geral. 1,30h que não foi bem de espera. especialidade clínica. 45 minutos de espera. 10 minutos de invasão e uma receita para aviar na farmácia mais próxima. UAU.

uma tarde bem passada!

versão extensa:

-se precisarem de ir ao hospital, lembrem-se de não cruzar o olhar com ninguém. atrevem-se a levar com meia hora de seca -



estavam aí umas 10 pessoas na sala das cadeiras amarelas (aquela onde deseperei 45 minutos).

lorpa como sou, cruzei o meu olhar de cumplicidade com quase todas. lá tive que ouvir todas as histórias que as pessoas tinham para contar.


exemplo nº 1 - "caí. (senhora de longa idade que segura uma luva de latex cheia de gelo) a minha filha não me vem buscar. quem me dera estar em minha casinha. (senhora pega no dedo grande da luva - já com água de gelo derretido e pergunta para que serve aquilo)"


exemplo nº 2 - "comi um cozido. mas só um "chisquinho" assim (a senhora põe o dedo polegar sobre a cabeça do indicador) de chóriça. outro "chisquinho" de moira. mas foi a couve. a couve é que me fez mal. e agora estou aqui... sem comer desde as 7h da manhã..."


exemplo nº 3 - "eu é por causa das vistas. já não me querem renovar a carta de condução..." (senhor vai contra um pilar - SE CALHAR não devia mesmo conduzir, hum?)


eu lá ia encolhendo os ombros para não demonstrar que nem 1/5 das conversas tinha ouvido...

"pois... é a vida" - estas palavras caem sempre que nem ginjas nestas alturas.


o meu desepero foi aumentando. Os km que percorri a andar de um lado para o outro davam (se fossemos personagens de um livro de bd) para fazer um buraco no chão com a minha altura.


eis que sou chamada!! ALELUIA!

o médico2 atende. atenciosamente ouve as minhas queixas e compreende-as.

resolve tratar do assunto! mas chama um médico-estudante (médico3)... daqueles assim dignos de um colírio dedicado...

Como já disse, a minha urgência era bastante merdosa... e tudo o que não me apetecia era partilha-la com um DESTES médicos...


lá tive que partilhar pormenores a mais da minha intimidade com o médico3 - cognome O JEITOSO. e lá tive que dizer ao médico3 que me desenrascava sozinha... e lá me desenrasquei!


mais espera e médico4.


IN... IN... INVASÃO!!



et voilá. problema meio resolvido.



vim embora com um alívio acrescido e olhinhos bem lavados.




afinal não é mau de todo o sistema nacional de saúde. ihihih